A oposição na Eslováquia está acusando o governo do primeiro-ministro Robert Fico de desmantelar as instituições culturais do país, após as demissões do diretor do Teatro Nacional e da diretora da Galeria Nacional. Os protestos contra as decisões do governo reuniram 18.000 participantes em Bratislava. Os manifestantes afirmam que “a cultura está a ser desmantelada na Eslováquia” e criticam a liderança do Ministério da Cultura por ser “arrogante e incompetente”. As demissões fazem parte de uma série de medidas controversas tomadas pelo governo, incluindo o restabelecimento dos laços culturais com a Rússia e alterações à lei penal que reduziram penas para crimes de corrupção.
A ministra da Cultura, Martina Šimkovičová, e o ministro da Justiça, Boris Susko, estão enfrentando críticas pela sua conduta. Šimkovičová demitiu vários líderes de instituições culturais e Susko alterou a lei penal de forma polêmica. As ações do governo têm levado a uma onda de indignação pública, com as últimas demissões sendo vistas como perseguição política no mundo da cultura.
Os artistas demitidos receberam apoio de diversas instituições culturais e artistas da Eslováquia e da República Checa. Enquanto isso, a Ministra da Cultura nega as acusações de desacreditá-la, afirmando que tanto a oposição quanto os meios de comunicação estão tentando difamá-la. Os protestos recentes têm sido marcados pela ausência de discursos políticos, focando-se mais nas vozes do povo.
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